25/09/07

“gessos funcionais”



É o Enfermeiro Paulo Homem que a partir de Fevereiro de 1980, executa os gessos funcionais, deixando escola até aos nossos dias.











gessos funcionais


Foi Sarmiento que em 1967, iniciou o método ortopédico-funcional, baseado nos encaixes do tipo:
- P.T.B. ( patelar tendon bearing)
- Q.T.B. ( quadrilateral thigh bearing )
- munster (encaixe olecraniano e aletas condilianas)
- braquial funcional articulado (articulado do cotovelo)
- pelvicruropodálico articulado
- tala em “U”, braçal funcional, minibrace,
- bota de sarmiento (bota com apoio PTB e tacão de marcha)

“Gessos Funcionais”

…método eficaz na resolução da maioria das fracturas, especialmente da tíbia e do úmero…
Prof. Doutor Norberto Canha

Sempre que não se consegue um alinhamento aceitável dos segmentos, o método deve ser abandonado e substituído por outro…
Prof. Doutor Adrião Proença

vantagens

fisiológico - evita a intervenção cirúrgica
- permite a função do membro
- impede a rigidez articular e atrofia muscular
cómodo – qualidade de vida ( psicológica, higiénica e social)
económico – menor taxa de internamento
rápido – consolidação em curto espaço de tempo

inconvenientes
Não se aplica a todos os doentes em todas as circunstâncias.
Em fracturas intrarticulares, # do rádio com lesão da articulação rádio cubital; # da metade superior do fémur.
Em doentes que não colaborem.
Em doentes com alterações sensitivas (neuropatia diabética)

P.T.B.(patelar tendon bearing)
Técnica de tratamento ortopédico funcional de fracturas da diáfise tibial.
- na primeira fase é reduzida a fractura e imobilizada com um cruropedioso.

Decorridos aproximadamente duas semanas, podemos substituir o cruropedioso por uma bota com apoio PTB e tacão de marcha ( bota de sarmiento)


Decorridos três a seis semanas, colocar o gesso funcional (PTB): (ver foto )
Com a perna pendente, colocar uma camada de jersey, englobando o pé, a tibiotársica, o joelho e o terço distal da coxa.
Por cima desta camada de jersey vamos aplicar uma ligadura de tensoplast ou pé elástico, englobando o pé até duas polegadas acima dos maléolos. A finalidade desta ligadura é a de evitar o edema distal.
Seguidamente, colocar outra camada de jersey com a extensão da primeira e almofada-se com algodão o joelho e a tibiotarsica. A finalidade da camada de algodão é a de facilitar o recorte do gesso na fase final dos acabamentos.

Engessar a perna até ao joelho e realizam-se os três pontos de apoio, se necessário.

Modelar a membrana interóssea, a região poplitea e o côndilo interno da tíbia.
Colocar o membro em extensão, engessar o joelho e o terço distal da coxa.
Conformar o tendão rotuliano e a região supracondiliana
Posteriormente recortar o gesso, distalmente, de forma a permitir completa liberdade de movimentos da tibiotarsica e proximalmente, de forma a permitir uma flexão do joelho de 90º.
Finalmente aplicar o pé plástico, posicionando o pé em valgo e guardando a distância de um dedo entre o calcanhar e o contraforte do pé plástico.
Desta forma evitar que as hastes partam facilmente.

Confirmar as mobilidades permitidas e assegurar que os bordos não magoam o doente.

Ensinar o doente como limpar o pé plástico e aplicar uma palmilha de cortiça entre o pé plástico e o pé.