31/07/08

Gypsotomia


Gypsotomia
Consiste no corte parcial, no sentido transversal num gesso que
contenha uma fractura com algum desvio de alinhamento.
Segundo as alterações a corrigir assim será denominado gypsotomia de adição ou de subtracção, executado após a secagem da imobilização, normalmente do membro inferior, permitindo uma aceitável correcção.

Gypsotomia de adição –após a execução de imobilização quando não se consegue um bom alinhamento ósseo dos topos da fractura, tentamos corrigir o desvio das fracturas com alguma angulação, numa manobra de adição de uma cunha no corte efectuado longitudinalmente no gesso de 1,5 a 2 cm.
Verifica-se no raio X o desvio e localizando no gesso já bem seco marca-se o local onde abrir um espaço para colocar uma cunha de madeira ou outro material não deformável. Com o afastamento dos bordos por pressão manual exercida no gesso de um e outro lado do corte, vamos conseguir um afastamento previamente considerado ideal para corrigir o desvio.

Colocamos a cunha em madeira e fixamos com circulares de gesso para encerrar todo o corte e respectiva cunha.
Verificamos no controlo radiográfico a necessidade de maior correcção.

Gypsotomia de subtracção – Retira-se com dois cortes no gesso da forma de um “gomo de laranja”, de acordo com o grau do desvio verificado.
Unem-se os bordos do gesso, de onde foi retirada o retalho, e fixa-se com ligadura gessada aplicada circularmente sobre o corte já unido.

Cuidados de Enfermagem após a gypsotomia – a vigilância durante as primeiras horas e avaliação de eventuais transtornos vasculares, sensitivos e da mobilidade. Um mau almofadamento da zona ou exagero da manobra poderão contribuir para esses transtornos.
Esta manobra por norma nunca hiper corrige. É importante o controlo radiográfico